A terapia ABA, como é popularmente conhecida, é na verdade um ramo aplicado da ciência da Análise do Comportamento, que pode ser utilizada em muitos segmentos da sociedade, como empresas, instituições de educação, esportes e em terapias para as mais diversas demandas.
A partir da década de 1980, começaram a surgir estudos mostrando como esse tipo de análise poderia ajudar no tratamento de pessoas com TEA.
Nesse caso, a terapia ABA trabalha com comportamentos alvos da criança: como defasagens, ausências, e excessos comportamentais que são verificadas na avaliação comportamental inicial, com uso de protocolos, observação direta do comportamento (experimental e/ou descritiva) além de informações coletadas pelos pais ou responsáveis.
Podem ser utilizadas diferentes técnicas de ensino como:
· treino de tentativas discretas (mais comumente situadas na mesinha);
· ensino naturalístico, onde a criança tem a liberdade de iniciar uma brincadeira, por exemplo, e o terapeuta a conduz;
· ensino Incidental refere-se “às interações entre um adulto e uma criança que ocorrem naturalmente em situações rotineiras, e que são usadas pelo adulto para transmitir novas informações ou promover a prática no desenvolvimento de novas habilidades de comunicação” (Hart e Risley, 1975);
· modelagem;
Além disso, a Terapia ABA atua sobre as habilidades sociais. Sabe-se que são classes de comportamentos existentes no repertório do indivíduo que compõem um desempenho socialmente competente. Muitas vezes, uma pessoa possui as habilidades sociais em seu repertório, mas não as utiliza. Isso ocorre por diversas razões, como ansiedade, crenças errôneas e a dificuldade de leitura dos sinais do ambiente (Del Prette e Del Prette, 2001).
Ao final, podemos citar que a terapia ABA também atua com habilidades acadêmicas, facilitando a aprendizagem de conteúdos nos quais o paciente apresenta dificuldade.
Confira a live que fiz com a Acesa Capuava:
Referências Consultadas:
Del Prette, Z.A.P. e Del Prette, A (2001). Inventário de Habilidades Sociais): Manual de Aplicação, apuração. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Incidental teaching of language in the preschool. Betty Hart, Todd R. Risley. J Appl Behav Anal. 1975 Winter; 8(4): 411–20. doi: 10.1901/jaba.1975.8-411
