Os primeiros anos da vida de uma criança são fundamentais para seu o desenvolvimento integral. Diversos estudos demonstram que a evolução do cérebro acontece a uma velocidade constante na primeira infância.
Porém, com estímulos e interações em seu ambiente diário de convivência é possível que a criança adquira cada vez mais habilidades que farão parte do seu repertório para a adolescência e vida adulta.
É importante saber que o cérebro necessita de estímulos, tanto por meio da nutrição e de cuidados adequados quanto pela continuidade dessa interação da criança com outras pessoas e com o ambiente.
A principal maneira de estimular as crianças pequenas é por meio da interatividade: conversar, cantar, brincar e diversas outras atividades feitas junto com a criança em ambientes externos e internos fazem com que as áreas do lobo frontal associadas à linguagem, ao movimento, à cognição social, à autorregulação e à solução de problemas sejam ativadas, o que gera benefícios para toda a vida.
Exemplos de atividades que podem ser feitas com a criança:
· Administrar o estresse com a criança.
· Falar, cantar e apontar (para coisas que ela quer, até que apresente comportamento de fala).
· Contar diversos objetos, agrupar tanto objetos quanto em comunidade e fazer comparações entre estímulos.
· Explorar através do movimento e da brincadeira.
· Ler e discutir um livro, mostrando cores, formas e objetos.
Esse é o período em que o cérebro mais precisa de estímulos. Em outras palavras, as experiências vivenciadas pelas crianças contribuem para impulsionar a atividade cerebral. Ou seja, mesmo após o nascimento, o cérebro continua sendo “construído” e a qualidade de sua “construção” depende das experiências vividas.
Quanto melhor for a estimulação nesta fase, melhor será a preparação dos pequenos para a vida adulta. Porém, se a criança for privada dos estímulos adequados, muitas ligações entre os neurônios deixam de acontecer, o que pode afetar o seu potencial de aprender e se desenvolver.
Para que o processo de desenvolvimento seja pleno, são fundamentais estímulos adequados, vínculo e afeto. O cérebro, auxiliado pelos órgãos que compõem os sentidos (visão, olfato, audição, paladar e tato), apropria-se da informação por meio de um estímulo adequado – vindo do ambiente – e, na maioria das vezes, realizado pelos pais/adultos e educadores de referência da criança.
Experiências de estimulação positiva na primeira infância contribuem para o desenvolvimento saudável do cérebro, permitindo que o desenvolvimento cerebral seja sólido e tenha uma estrutura mais apta a superar dificuldades.
Seguem abaixo algumas dicas sobre estimulaçãocom as crianças na primeira infância:
- Evite expor os filhos à hiperestimulação e deixa-los estressados e desamparados por muito tempo. Isto pode deixa-los desprotegidos e inseguros.
- As crianças aprendem as noções básicas de matemática desde pequenos, e não somente quando entram na escola. Por isso é importante praticar com atividades como apontar, comparar, agrupar, etc.
- Não demonstrar interesse naquilo que desperta a curiosidade dos filhos é um grande erro. Geralmente os pais tentam chamar a atenção das crianças para aquilo lhes é interessante, quando na realidade deve ser o inverso.
- Apenas ler para as crianças não é o suficiente. É preciso discutir a história, mostrar as imagens, explorar as cores, ajudá-las a aprender e pensar.
Fontes consultadas: