Após elencarmos qual a topografia do comportamento a ser modificado e através da análise funcional, bem como os testes realizados, a função de tal comportamento também deverá ser levantada.
Dessa forma, seguem as ferramentas das quais dispomos na Análise do Comportamento Aplicada:
- DRI: Reforço Referencial de comportamento Incompatível – por exemplo, ao observar um comportamento topograficamente disruptivo, como bater, vamos ensinar a criança outro comportamento incompatível com esse (carinho, pegar um brinquedo, entregar um foto como pista visual e etc).
- DRA: Reforço Diferencial de comportamento Alternativo – procedimento que envolve extinção de um comportamento-problema, combinada com reforçamento de um comportamento topograficamente diferente do comportamento–problema, mas não necessariamente incompatível com ele (segurar o tablet ou celular ao invés de bater).
- DRO: Reforço Diferencial de Outro Comportamento – eliminação de um comportamento pela liberação de um reforçador. Caso tal comportamento não ocorra durante um período específico de tempo, pode ser aceito em taxas baixas (quando o comportamento é reduzido à uma frequência aceitável) ou taxa zero. Por exemplo, reforçar qualquer outro comportamento a não ser de se beliscar e tirar pele (atente-se para não reforçar outro comportamento disruptivo).
- Time Out: Mudança de uma situação mais reforçadora para outra menos reforçadora, tipicamente utilizada como evento punitivo depois de um comportamento inadequado; Podem ser considerados como um afastamento da oportunidade de ter acesso aos reforçadores;
- Time Out com retirada do ambiente: consiste na remoção do aprendiz, por um curto período de tempo (por exemplo 5 minutos), da situação na qual o reforçamento ocorre; essa sala não poderá oferecer nada de reforçador e o período de permanência tem deverá ser curto (máximo de 5 minutos);
- FCT: treino de comunicação funcional: o começo do treino é feito com os pais. Eles deverão escolher uma resposta alternativa ensinada que será ensinada de em forma de comunicação conhecida/mais fácil/instalada, seja por vocalização, gestos e pistas visuais (troca de figuras).
Importante que, para empregar qualquer uma das ferramentas, os pais necessitem de orientações sobre como fazer e os profissionais estejam bem alinhados com a ciência para descrever a estratégia com eficácia.
Fontes consultadas:
MARTIN, G.; PEAR, J.; Modificação do Comportamento: o que é e como fazer. 8ª ed. São Paulo: Roca, 2013;